Meta acredita que é uma boa ideia para os alunos usarem fones de ouvido Quest na sala de aula

Meta continua a enfrentar críticas sobre como lida com os consumidores mais jovens que usam suas plataformas, mas a empresa também está planejando novos produtos que os atenderão. Na segunda-feira, a empresa anunciou em um post no blog que ainda este ano estará lançando um novo produto educacional para o Quest para posicionar seu fone de ouvido de realidade virtual como um dispositivo essencial para o ensino em salas de aula.

O produto ainda não tem nome, mas no post do blog descrevendo, Nick Clegg, o presidente de assuntos globais da empresa - o ex-político que se tornou o executivo mais provável da Meta para transmitir mensagens sobre tópicos mais controversos e divisivos - disse que incluirá um hub para aplicativos e recursos específicos da educação, bem como a capacidade de gerenciar vários fones de ouvido de uma vez sem ter que atualizar cada dispositivo individualmente.

Os modelos de negócios para hardware e serviços ainda não foram detalhados. Sem nada na mesa, a empresa está apresentando isso como uma aposta de longo prazo.

'Sabemos que vai demorar muito tempo e não vamos ganhar dinheiro com isso tão cedo', disse Clegg em uma entrevista ao Axios.

No lado positivo, uma incursão na educação poderia significar mais conteúdo diversificado para os usuários do Quest, juntamente com um ecossistema mais amplo de desenvolvedores construindo para a plataforma - não o aplicativo matador que os críticos dizem que ainda está faltando na realidade virtual, mas pelo menos mais ação.

Em terreno mais problemático, a notícia vem logo após alguns outros desenvolvimentos na empresa que são menos positivos. O serviço de mensagens instantâneas do Meta, WhatsApp, tem sido alvo de muitas críticas por reduzir a idade mínima para usuários para 13 anos no Reino Unido e UE (anteriormente era 16).

O anúncio de segunda-feira chega logo após o Meta pedir aos usuários do Quest para confirmarem sua idade para que possa proporcionar experiências a adolescentes e pré-adolescentes apropriadas.

A nova iniciativa será lançada ainda este ano e estará disponível apenas para instituições com alunos de 13 anos ou mais. O Meta disse que lançará primeiro nos 20 mercados onde já suporta o Quest for Business, a assinatura mensal de $14,99 da Meta focada no ambiente de trabalho. Essa lista inclui os EUA, Canadá, Reino Unido e vários outros mercados de língua inglesa, juntamente com o Japão e grande parte da Europa Ocidental.

Já existem várias empresas no mercado explorando a ideia de realidade virtual na sala de aula, com nomes como Immersion VR, ClassVR e ArborXR, sem mencionar empresas como a Microsoft, que há algum tempo vem promovendo seu HoloLens como uma ferramenta educacional.

Não está claro quão ubíquo é o uso de VR nas escolas: um provedor, ClassVR, afirma que 40.000 salas de aula em todo o mundo estão usando seus produtos.

Mas, ainda assim, existem obstáculos para o uso em massa. Não está claro, por exemplo, se colocar um fone de ouvido no rosto de alguém é necessariamente uma ajuda em um ambiente educacional ao vivo, considerando algumas das pesquisas em torno de jovens que já passam muito tempo em frente às telas.

E outra grande incógnita estará relacionada ao custo de comprar fones de ouvido (o Quest 3, o último fone de ouvido, custa cerca de $500 cada um para modelos básicos), comprar aplicativos e posteriormente suportar toda essa infraestrutura. O Meta disse que já doou fones de ouvido Quest para 15 universidades nos EUA, mas não está claro até que ponto irá subsidiar o crescimento a longo prazo.

O Meta agora exige que os usuários verifiquem sua idade para usar seus fones de ouvido de realidade virtual Quest